- 22/09/2020 às 12:52:23
- Fonte: O Gastronomo
Vamos voltar alguns séculos atrás, lá na Idade Média, quando as diferenças sociais eram mais óbvias no prato e na balança!
Apenas olhando, dava para saber se alguém era financeiramente privilegiado. E como? A resposta é simples: a pessoa seria obesa! Os outros, de classe mais baixa, eram magros. Não esbeltos! Eram criaturas esqueléticas, e na maioria, subnutridos.
Isso não é grande surpresa, afinal, muitas pessoas pobres são magras. A bomba é outra! O excesso de peso era sinal de riqueza, beleza e elegância.
Pode até parecer estranho, mas, na verdade, faz sentido. Se o sujeito fosse rico, poderia comer fartamente, o que significa que iria engordar. E se o sujeito fosse pobre, bem, não tinha o que comer, portanto, sua magreza era sinal de miséria.
Na época do Absolutismo, Idade Moderna, quando os reis governavam com impunidade total, o senso de beleza continuava o mesmo: obesidade-riqueza-poder; magreza- pobreza- submissão. Um tempo em que a humanidade se alimentou de maneira inadequada.
Para ajudar o raciocínio, a pirâmide social europeia era dividida em estamentos: rei (topo), Igreja (abaixo do rei), nobreza (abaixo do clero) e povo (a base da pirâmide). As classes sociais mais abastadas se regalavam com verdadeiras iguarias: peru, faisão, bolos, pudins, pães, frutas e vinho. Essa dieta, apesar de saborosa, era nociva ao corpo, devido ao alto teor de gordura.
Já a alimentação do povo era baseada em caldos e sopas, preparados com legumes e verduras das lavouras. O pão ingerido era escuro e duro, já que os melhores grãos do trigo eram reservados à fabricação dos pães dos nobres. Devido à falta de carne e carboidratos, o povo sofria de anemia, raquitismo e doenças que atacam organismos vulneráveis.
O segredo para se alimentar bem hoje em dia é comer um pouco de tudo, ou seja, faer uso de uma alimentação moderada e saudável.