- 20/09/2024 às 17:00:00
- Fonte: O Gastronomo
Os italianos valorizam suas raízes e isso é notável em tudo, desde o orgulho que sentem pelos grandes feitos até a hora de ir para a cozinha. O respeito pela família também faz parte da mistura, as receitas “nonna” e “mamma” fazem parte do dia a dia e são seguidas à risca.
Assim, de norte a sul, o país garante que quem desembarca em terras italianas ficará bem servido com uma gastronomia farta! Na verdade, viajar para a Itália é uma pausa para qualquer dieta, já que a maioria dos pratos é rica em carboidratos e feita com farinha de trigo. Mas vale a pena!
Atualmente, a origem do macarrão ainda é discutível, pois a palavra “macarrão” corresponde, em termos gerais, a uma mistura de farinha de cereais e água, que pode ser lasanha, nhoque, entre outros, indo muito além do espaguete.
Acontece que muitas pessoas preparam essa mistura como alimento desde a antiguidade, com diferentes receitas, métodos de preparo e conservação.
Falando especificamente em massas, embora os italianos tenham popularizado a comida como a conhecemos, foram pessoas de outras partes do globo que a “descobriram”. Mas, como afirmado acima, há um certo mistério sobre como isso aconteceu.
A palavra massa refere-se não apenas às massas típicas, mas também a todos os outros pratos que possuem a mesma composição básica das massas, como lasanha, nhoque e canelone.
Massa (do latim tardio, derivado do grego pàste = farinha misturada com água) é o produto obtido pela mistura de farinha de cereal com água ou outro líquido e sal. Pode ser fresco, seco, com ovos ou recheado.
A mais usada é a massa seca, com cerca de 80% do total consumido. Inclusive é dessa massa seca que falaremos a seguir.
A história
A história do macarrão começa há aproximadamente 7.000 anos, quando o homem começou a abandonar sua vida nômade e gradualmente se tornou um colhedor e fazendeiro. É nesta altura que a história do Homem se cruza com a do trigo e dá origem à história da “Massa”.
Primeiro, o trigo selvagem era simplesmente colhido com vários outros cereais, mas de colheita em colheita e de geração em geração, o Homem aprendeu a trabalhar cada vez melhor com esses cereais, moendo os grãos, amassando a farinha com água, espalhando a massa fina e cozendo-os. Massa em uma pedra aquecida.
Por muitos anos antes do nascimento de Cristo, os gregos e etruscanos já estavam acostumados a comer os primeiros tipos de macarrão.
Alguns estudos apontam para a origem da massa:
- 1ª cadeia: O macarrão surgiu na China, tendo sido levado para o oeste, especificamente para a Itália, por Marco Polo, por volta do ano 1295;
- 2ª corrente: Outra corrente indica que as massas chegaram à Itália pelas mãos dos árabes que estiveram na região da Sicília durante a Idade Média;
- 3ª cadeia: Esta cadeia indica que não foi a primeira vez que a Itália tomou conhecimento da missa, pois se descobriu que em 1279, em Génova, no inventário de Ponzio Bastone, existiam missas denominadas “Maccherone” e, por descrição , o prato que melhor se parece com a nossa massa consumida atualmente.
A versão histórica que indica que o macarrão tem origem árabe é a mais aceita, com base no fato histórico de que os árabes introduziram o macarrão na cultura italiana em meados do século IX, com sua passagem pela Sicília.
Os chineses conhecem o macarrão há muito tempo e há referências ao prato desde o primeiro século depois de Cristo. Já na Itália, a primeira citação sobre uma massa apareceu em um poema de Jacopone di Todi, no século 13, que se referia especificamente à lasanha.
Os primeiros a secar o macarrão, para melhor conservá-lo, foram os beduínos do deserto, pois durante seus constantes deslocamentos não tinham água para fazer o macarrão todos os dias.
Foi assim que apareceram pequenos cilindros de massa, com um orifício no meio que permitia uma secagem mais rápida.
O documento mais antigo sobre massa seca é o livro de receitas de Ibn ‘al Mibrad (século IX) que descreve um prato muito comum nas tribos beduínas e berberes e que ainda hoje é extremamente popular na Síria e no Líbano: Rista, que é feito com massa seca, cozido e temperado de diversas maneiras, o mais comum é com lentilhas.
Já em 1500, corporações “masseiros” foram criadas em toda a Itália, com leis e regras rígidas, cuja transgressão foi severamente punida.
O clima seco e ventilado das regiões da Ligúria, Sicília e Campânia favoreceu a produção de massas, que durante séculos foram deixadas a secar ao ar livre.
Só depois de muitos anos, no norte da Itália, onde a secagem da massa era mais difícil por ser o tempo mais frio e úmido, foi inventado um tipo de carrossel, para secar, onde se pendurava a massa longa ou se colocava a massa curta. Este carrossel estava localizado em um local aquecido e funcionava por água ou força animal. Como resultado, a produção se espalhou pela Itália.
Mesmo assim, a massa tem sido um produto caro há séculos. Com a invenção do “torchio”, uma espécie de extrusora, ela finalmente entrou, a partir do século. XVII, na comida de todos e tornou-se tão popular que, em Nápoles, era vendido, temperado com queijo ralado.
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