A Alimentação no Antigo Regime

Durante a Idade Moderna (XV ao XVIII), imperou o chamado “Antigo Regime”, regime em que os reis tinham um poder absoluto, sendo apoiados pelo clero e nobreza, todos estes sustentados pelo povo, que trabalhava muito para pagar seus impostos. O Antigo Regime acabou afetando a dieta alimentar de todas as classes sociais.
A alimentação dos reis, clero e nobreza era regada de muita carne, principalmente de aves nobres, como o peru e o faisão. Esta carne era marinada (temperada com ervas finas e vinho) e assada durante horas.  Além da carne, consumia-se muito pão, de boa qualidade, feito com o melhor trigo, claro e bem macio. Doces eram sempre servidos, principalmente tortas e pudins. Frutas da estação completavam a ceia, regada de vinho de boa qualidade.

Já o povo, não tinha uma alimentação baseada no consumo de carne: raramente consumia a carne suína ou carne de aves, como a galinha. Sua alimentação era a partir do consumo de legumes e verduras, geralmente em forma de sopas e caldos quentes. Para complementar, comia pão, feito de cereais de qualidade inferior, por isso, de cor bem escura e endurecido, por isso, o molhavam no caldo para uma melhor ingestão.
Deste modo, tanto as classes sociais mais ricas, quanto as mais pobres, sofriam de uma alimentação desequilibrada: o excesso de gordura das carnes e a falta de nutrientes de legumes e verduras causava nos mais ricos doenças cardiovasculares. Já a falta de carne provocava nos mais pobres doenças como a desnutrição, anemia e raquitismo.