- 22/01/2025 às 16:00:00
- Fonte: O Gastrônomo
É sempre difícil achar uma explicação única para um hábito, mas acredita-se que essa tradição remeta ao tempo da colonização portuguesa no Brasil.
A feijoada dos portugueses
Um prato que se assemelha ao nosso tradicional, é a feijoada transmontana, prato português com origem na região de Candedo, no norte do país. É preparado com feijão-branco, orelha, focinho e chispe de porco, além de outros ingredientes como tomate, cenoura e outros condimentos. Também é servido com arroz. Esse prato é uma das formas de se preparar os cozidos, bastante admirado naquela época.
A nossa feijoada
A história mais comum para o surgimento da feijoada por todo país tem origem nos tempos de escravidão. Os senhores das grandes fazendas (naquela época, responsáveis por grande parte da economia brasileira), alimentavam os escravos com as sobras da carne de porco e de boi, originando a receita ao se misturar com feijão. Porém, essa versão é refutada por historiadores, como a pesquisadora Rosa Belluzzo, autora do livro ‘São Paulo: Memória e Sabor’. Ela afirma que se trata de uma adaptação da culinária portuguesa, acostumados a comer feijão com carne de porco.
Através de documentos históricos sobre os hábitos da época, encontraram registros de compra em um açougue de Petrópolis (região serrana do Rio de Janeiro): carne de vitela, linguiça, língua, miolo, dentre outros pedaços. Não eram considerados “restos” e sim, carnes nobres! Ou seja, de acordo com essas pesquisas, a feijoada surgiu como uma forma de adaptar os cozidos europeus (como a feijoada portuguesa que citamos acima) aos ingredientes disponíveis no Brasil. Como todo fato histórico, há diversas nuances culturais envolvidas que, sem dúvida, “temperaram” o prato até a versão que conhecemos. Em 7 de agosto de 1833, a feijoada foi citada no Diário de Pernambuco. Um restaurante citava que às quintas-feiras, seria servida “feijoada à brasileira”.
A tradição dos dias
Segundo o historiador Caloca Fernandes, autor do livro “Viagem Gastronômica Através do Brasil”, os portugueses têm costume de associar pratos a dias da semana. Por exemplo, quinta e domingo é dia de cozido e sexta é dia de peixe, herança da tradição católica, que evita carne vermelha às sextas.
Seguindo essa tradição de associar comida a dia da semana, as quartas e sábados ficaram com a feijoada. Em outras regiões do país, o dia pode mudar. Segunda também é dia de virado a paulista, certo? E assim, com um pouco de herança cultural aliada às adaptações de cada local, temos comida boa diariamente e com dia certo!
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